segunda-feira, 28 de abril de 2014

A cidade - Temporada 2014

Depois de mais de um ano de dedicação a outros projetos, a Inominável Companhia de Teatro volta a cartaz com A cidade, de Martin Crimp. O espetáculo percorrerá cinco cidades paranaenses no primeiro semestre de 2014. Confira a programação:

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Circulando por festivais

Em agosto passado, "A Cidade" marcou presença no Festival de Teatro de Maringá e no 2o. Festival Palco Giratório do SESC/Paraná.
Nosso agradecimento ao público caloroso e às organizações dos dois eventos.

 Márcio Mattana em cena no Festival de Teatro de Maringá
fotografia: Nágela Souza

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Destaque no Festival de Teatro de Curitiba

"Em outro espaço, ainda no Fringe, a mostra Novos Repertórios mostrou A Cidade, encenada de maneira simples, quase sem recursos cênicos. A peça, com texto do britânico Martin Crimp, mostra a relação de uma família com uma vizinha neurótica.
Foi uma pérola, no meio de tantos trabalhos imaturos que determinaram uma mostra paralela muito aquém da do ano passado".

(Gabriela Melão e Gustavo Fioratti, para a Folha Ilustrada)



Lilyan de Souza em A Cidade
fotografia: Anderson Fregolente

sábado, 31 de dezembro de 2011

Melhores do Ano de 2011 - Teatro

A Gazeta do Povo colocou nosso espetáculo entre as cinco melhores produções teatrais de 2011:
http://www.gazetadopovo.com.br/cadernog/conteudo.phtml?tl=1&id=1208249&tit=Os-bons-e-os-melhores-do-ano



Agradecemos de coração a todos que nos apoiaram neste ano. Feliz 2012! Logo estaremos de volta.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

em breve voltaremos...


A Inominável Companhia de Teatro agradece a todos que prestigiaram a temporada de lançamento de A Cidade no Teatro José Maria Santos. Em breve, voltaremos a cartaz.


Lilyan de Souza (Clair), em A Cidade, de Martin Crimp.
direção de Márcio Mattana - realização da Inominável Companhia de Teatro
fotografia: Anderson Fregolente



"Inominável Companhia debuta com o pé direito em A Cidade.
(...) A tensão constante impede que se olhe o relógio". 
Helena Carnieri - Gazeta do Povo / Jornal de Londrina
http://www.jornaldelondrina.com.br/divirtase/conteudo.phtml?tl=1&id=1166610&tit=Martin-Crimp-inedito-no-Brasil

Entrevista com Martin Crimp (fragmento)

Lilyan de Souza (Clair) e Márcio Mattana (Christopher).
fotografia: Anderson Fregolente

Gwénola David: À medida que a história avança, a narrativa parece fugir da situação realista inicial, a sensação do real se esfumaça. Como se, desprovido de seu emprego, Cristopher perdesse também o sentimento de existir, como se, deixando de existir em sua vida, Clair se deslocasse para a ficção. De onde vem essa estranheza que se infiltra lentamente na peça?


Martin Crimp: Vem da minha relação de amor e ódio com o teatro convencional.  Eu destruo a peça à medida que a construo. A estranheza ocorre também porque eu me deixei guiar pelas teias do inconsciente. Escrevendo os longos monólogos, eu sabia que viajaria por territórios desconhecidos. Eu queria surpreender a mim mesmo.
Letícia Guazzelli (Jenny).
fotografia: Anderson Fregolente


Gwénola David: A Cidade aborda justamente o processo de escritura se constituindo.  A ficção parece tornar-se real e, dessa forma, desacreditar o real por introduzir no cerne das percepções a suspeita do fictício. 

Martin Crimp: O texto expõe um problema insolúvel. Mas não questionaria assim a nossa própria condição de espectadores no teatro? No teatro, acreditamos no que vemos mesmo sabendo que é tudo falso, não é mesmo?  Eu exploro o ilusionismo do teatro enquanto o utilizo à minha maneira: desconfiando dele, desafiando-o. Em A Cidade se propõe também uma reflexão sobre o nosso mundo de aparências, repleto de telas midiáticas, seduzido por políticas superficiais, que perderam toda profundidade, toda noção de engajamento.  Eu busquei uma forma que traduzisse, na própria escritura, esse desdobramento em direção a uma sociedade superficial. Eu parti da situação banal de um casal com duas crianças, e depois eu me aprofundei nos interstícios, por detrás das imagens,  para atingir as regiões mais submersas.
Ana Carolina Lisboa (Garota).
fotografia: Anderson Fregolente


Gwénola David: A escritura é a tradução do que se tem em si. Qual é a “sua cidade”?


Martin Crimp: Eu tenho pelo menos duas cidades! Existe a Londres onde eu vivo, que se desenha pelos caminhos, as vias habituais, os lugares familiares. E depois, os mundos imaginários da escritura que se desdobram em minhas peças. Não tenho certeza se estas cidades se encontrem em algum lugar.  Eu tenho um caderninho em que anoto cotidianamente pensamentos, observações. No entanto, é raro que estas anotações apareçam em meu teatro. É um dos paradoxos da escritura.



Trecho de entrevista concedida a Gwenola David e publicada digitalmente pelo Théatre du Nord em 2010.
 Tradução para o Português: Marcelo Bourscheid
Leia a entrevista original aqui: