Sobre o Autor


Martin Andrew Crimp nasceu em Dartford, Kent, em 14 de fevereiro de 1956. Depois de tentar a sorte com um romance e um livro de contos, Still Early Days  e  An Anatomy, ambos escritos entre 1978 e 1980, encontrou seu caminho escrevendo para o teatro. Para o Orange Tree Theatre, em Richmond, Crimp escreveu Love Games (1982), Living Remains (1982), Four Attempted Acts (1984), A Variety of Death-Defying Acts (1985), Dealing with Clair (1988) e Play with Repeats (1989). Na década seguinte, após receber do Arts Council uma bolsa de escrita para teatro, alçou-se ao palco do Royal Court, para o qual escreveu No One Sees the Video (1990), Getting Attention (1991), The Treatment (1993), Attempts on Her Life (1997), The Country (2000), Fewer Emergencies (2006) e The City (2008). Foi escritor residente do New Dramatists, em New York (1991) e do Royal Court, em Londres (1997). Pela peça The Treatment, recebeu o prêmio John Whiting de 1993.


Além de sua profícua atividade como dramaturgo, que lhe rendeu diversos prêmios e o reconhecimento da crítica internacional como um dos principais dramaturgos britânicos contemporâneos, Crimp também é um dos mais requisitados tradutores de peças do repertório dramático de língua francesa, tendo traduzido autores como Moliére, Jean Genet, Marivaux e Koltés.


A obra de Crimp apresenta uma coerência temática e formal que a aproxima da tradição dramática britânica recente, filiando-se a uma linhagem de autores como John Osborne, Caryl Churchill e Harold Pinter, este último uma influência frequentemente apontada pela crítica. 

O realismo social é marca dominante de suas peças, em que o autor explora temas como a especulação imobiliária, o consumismo, a violência contra crianças, a sociedade de espetáculo, a crise das identidades na sociedade de consumo, o terrorismo, a xenofobia europeia e os tênues limites entre ficção e realidade. Pertencente à geração de dramaturgos britânicos revelada nos anos 90 pelo Royal Court Theatre, como Sarah Kane, Joe Penhall e Mark Ravenhill, a obra de Crimp apresenta muitos pontos de contato com esta geração marcada por uma revolta contra certos aspectos da sociedade britânica da era Tatcher, como o materialismo, a decadência social, a falta de idealismo, a ausência de valores morais, o fascismo, a xenofobia e a homofobia, abordando estes temas com um equilíbrio tenso entre a tradição e a inovação formal.

Recentemente, duas novas peças de Crimp estrearam em Londres: Play House (2012), escrita para o Orange Theatre, e e In the Republic of Happiness (2012), para o Royal Court.



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Publicações da obra no idioma original:
Faber & Faber
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