Márcio Mattana


Ator, diretor, músico, técnico, educador e produtor de teatro. Iniciou carreira no Teatro Universitário de Cascavel, em 1984. A partir de 1989, radicou-se em Curitiba, onde graduou-se Bacharel em Artes Cênicas com Habilitação em Direção Teatral, pelo Curso Superior de Artes Cênicas da PUC – Pontifícia Universidade Católica do Paraná, ligado então à Fundação Teatro Guaíra. Em 2013, tornou-se mestre em Letras / Estudos Literários pela UFPR - Universidade Federal do Paraná. Atualmente, é professor assistente da UNESPAR / Campus II Curitiba (FAP).


Márcio Mattana em A Serpente (1987), de Nelson Rodrigues
produção do Teatro Universitário de Cascavel - direção de Édson Bueno
(fotografia: Chico Nogueira)

COMO ATOR, participou de mais de 30 espetáculos de teatro entre 1984 e 2014. Em Cascavel, atuou em Percorremundo e Vercomé (1984-1987), de Enéas Lour, e excursionou com o espetáculo, por mais de 30 cidades do Paraná e de Santa Catarina. Atuou também em Bar Brazil (1986-1987), criação coletiva dirigida por Luthero de Almeida, fazendo temporadas em Cascavel, Maringá e Curitiba. Em 1987, estreou A Serpente (1987-1988), de Nélson Rodrigues, sob a direção de Édson Bueno. No ano seguinte, o espetáculo participou dos Festivais de Londrina (PR), Brasília (DF) e Blumenau (SC).


 Ranieri Gonzalez e Márcio Mattana em  
Sonho de Uma Noite de Verão (1991), de William Shakespeare
produção da Fundação Cultural de Curitiba - direção de Marcelo Marchioro
(fotografia: Carlos)
 

Em Curitiba, sob a direção de Marcelo Marchioro, atuou em O Barbeiro de Sevilha, ópera de Rossini (1990-1991), Sonho de Uma Noite de Verão (1991-1992) e Hamlet (1992), dentro do Projeto Shakespeare no Parque, Lulu (1996), de Frank Wedekind, e A Exceção e a Regra (1998), de Bertolt Brecht. (Para Marchioro, atuou também como assistente de direção e diretor de palco, em produções de teatro e ópera, em Curitiba e Belo Horizonte).
 
 Márcio Mattana e Léa Albuquerque em  A Exceção e a Regra (1991), de Bertolt Brecht
produção da Fundação Cultural de Curitiba - direção de Marcelo Marchioro
(fotografia: Roberto Reittenbach)
 
Entre 1993 e 1997, atuou em quase 300 apresentações da peça O Vampiro e a Polaquinha, de Dalton Trevisan, dirigida por Ademar Guerra, apresentando-se para milhares de pessoas em Curitiba e em dezenas de cidades do Paraná. Em 1995, foi ator em Os Três Mosqueteiros, baseado na obra de Alexandre Dumas, sob a direção de Mário Schoemberger.


 
Nena Inoue e Márcio Mattana em O Vampiro e a Polaquinha (1993) 
da obra de Dalton Trevisan - direção de Ademar Guerra.
(fotografia: Gazeta do Povo)

Dirigido por Felipe Hirsch, atuou em Um Fausto Samba Sobre o Infinito (1994-1995), releitura da obra de Goethe e de diversos autores, e em Nora – Casa de Bonecas (1997), adaptação da peça de Ibsen, produzida para a Mostra Principal do Festival de Teatro de Curitiba. (Para Hirsch, atuou também como diretor de palco e/ou administrador de produção, em Curitiba e São Paulo, em diversas montagens, entre 1999 e 2002).

Guilherme Weber e Márcio Mattana em Um Fausto Samba Sobre o Infinito (1994) 
da obra de Goehte e outros autores - direção de Felipe Hirsch.
(fotografia: Gilson Camargo)

Com a diretora Cleide Piasecki, atuou em Meu Pé de Laranja Lima (1999-2000), de J. M. Vasconcellos, Eis o Cidadão (2000), adaptação livre da obra de Nicolai Gogol, entre outros trabalhos.

Pedro Inoue e Márcio Mattana em Meu Pé de Laranja Lima (1999), da obra de J.M. Vasconcellos
produção da Cia de Atores - adaptação e direção de Cleide Piasecki
(fotografia: Roberto Reittenbach)

COMO DIRETOR, iniciou carreira encenando Juventude Esclarecida (1989), de Fernando Arrabal, e Fala Comigo Doce Como a Chuva (1991), de Tennessee Williams, ambas ainda no Curso Superior de Artes Cênicas. A partir de 1991, passou a dedicar-se à direção de espetáculos musicais, entre os quais vale destacar Tratado Geral do Amor (1991) e O Baile II (1991), com o Abominável Sebastião das Neves; Temas da Província (1992-1993), com o Grupo Ar/Cênico; e Improváveis Canções (1996), com a cantora Anna Toledo.

Anna Toledo em Improváveis Canções (1996)
produção e direção musical de Anna Toledo - roteiro e direção de Márcio Mattana
(fotografia: Roberto Reittenbach)


Entre 1995 e 2004, foi cantor e diretor cênico dos espetáculos do Vocal Brasileirão, grupo vocal estável ligado à Fundação Cultural de Curitiba, do qual foi um dos fundadores. Com o grupo, dirigiu e atuou em centenas de apresentações, sendo responsável pela criação de espetáculos como Coisas Nossas (1995-1997), Como uma Onda (1997-1998) e Splish Splash (2000-2001), em parceria com o maestro Marcos Leite (RJ); e Brasileirão em Concerto (2001-2003) e Dois Corações (2004), em parceria com o maestro Reginaldo Nascimento.


 
Catharina Negraes, Jussara Batista, Gabriel Gorosito, Rodrigo Ferrarini, Adriano Petermann 
e Andrea Obrecht em O Despertar da Primavera (1998), de Frank Wedekind
produção de Trapaceiros & Cia. - direção de Márcio Mattana
(fotografia: Roberto Reittenbach)

Em 1998, voltou a dirigir para o teatro, associado ao grupo curitibano Trapaceiros & Cia. Com o elenco do grupo, dirigiu O Despertar da Primavera, de Frank Wedekind (1998-1999), e Romeu e Julieta, de William Shakespeare (1999-2000). Este último espetáculo recebeu o Troféu Gralha Azul – Prêmio Governador do Estado do Paraná para Melhor Coreografia (Cleide Piasecki), e foi premiado no XV FETEL – Festival de Teatro de Lages (1999), nas categorias de Melhor Iluminação (Rodrigo Ziolkowski) e Melhor Sonoplastia (Márcio Mattana).

Andrea Obrecht, Jussara Batista, Anderson Fregolente e Adriano Petermann em  
Romeu e Julieta (1999), de William Shakespeare
produção do Trapaceiros & Cia. - direção de Márcio Mattana
(fotografia: Roberto Reittenbach)


Em 2002 e 2003, dirigiu O Caminho da Montanha, a partir da obra de Brian Friel, em parceria com Edson Rocha. Em 2004, dirigiu a leitura-performance Elizaveta Bam, da obra do russo Daniil Charms, com o elenco da Cia. Portátil, dentro do ciclo Amigos dos Amigos. Em 2005, foi ator e diretor em Fim da tarde, mesa oito, espetáculo criado em parceria com Catharina Negraes e Andréa Obrecht.


Andrea Obrecht e Márcio Mattana em Fim da Tarde, Mesa Oito (2005)
texto e direção de Andrea Obrecht, Catharina Negraes e Márcio Mattana
(fotografia: Lauro Borges)


Com a Pausa Companhia, dirigiu Aperitivos (2005-2010), primeira produção brasileira da obra de Mark Harvey Levine. O espetáculo fez temporadas em Curitiba e São Paulo, participou do Palco Giratório 2007 do SESC Nacional e do Edital de Circulação do SESI/PR (2010), visitando mais de 50 cidades em 13 estados brasileiros, somando quase 200 apresentações e alcançando milhares de espectadores.

Rodrigo Ferrarini, Renata Hardy e Gabriel Gorosito 
em Aperitivos (2005), de Mark Harvey Levine
realização da Pausa Companhia - direção de Márcio Mattana
(fotografia: Elenize Dezgeniski)


Ainda com a Pausa, dirigiu a leitura dramática A Caixa de Sândalo (2005), de Mac Wellman, dentro do Ciclo 1as. Leituras, do Centro Cultural Teatro Guaíra; Nadar à Noite (2006), de Julia Jordan, para a II Mostra Cena Breve Curitiba; e Menos Emergências (2007-2009), primeira montagem profissional de Martin Crimp no país (ver página sobre Martin Crimp no Brasil, na barra superior do blog).

Gabriel Gorosito, Sidy Correa, Pablito Kucarz e Renata Hardy em  
Menos Emergências (2007), de Martin Crimp
produção da Pausa Companhia - direção de Márcio Mattana 
(fotografia: Priscilla Cassou)

Atualmente é professor assistente da UNESPAR Curitiba Campus II / FAP – Faculdade de Artes do Paraná, onde dirigiu recentemente os espetáculos Recreio Pingue-Pongue (2008), da obra de Oswald de Andrade; Elizaveta Bam (2009), de Daniil Charms; Ensaio Sobre Baal (2010), da obra de Bertolt Brecht; Atentados (2011), de Martin Crimp; e Nekropolis (2013), de Roberto Alvim.

Renato Sbardelotto e Luiz Bertazzo em Ensaio sobre Baal (2010), de Bertolt Brecht
realização da FAP - Faculdade de Artes do Paraná - direção de Márcio Mattana 
(fotografia: Chico Nogueira)

Paralelamente ao trabalho como educador e pesquisador, tem realizado projetos em parceria com grupos como ACruel Companhia de Teatro e a Armadilha Companhia de Teatro. Para esta última, criou a sonoplastia do espetáculo Jornal da Guerra contra os Taedos (2009), de Manoel Carlos Karam, dirigido por Diego Fortes. O trabalho rendeu a Márcio Mattana o Troféu Gralha Azul - Prêmio Governador do Estado de Melhor Sonoplastia daquele ano. Mais recentemente, dirigiu Imprecações (2012), produção da Cia. Serial Cômicos com peças curtas do dramaturgo francês Michel Deutsch.
A Cidade (2011-2014), de Martin Crimp, marca a primeira parceria com a Inominável Companhia de Teatro e a volta ao palco como ator profissional, após anos de dedicação quase exclusiva à direção e à docência.
 
Márcio Mattana e Lilyan de Souza em  A Cidade (2011), de Martin Crimp
produção da Inominável Companhia de Teatro - direção de Márcio Mattana 
(fotografia: Blog da Maitê)